domingo, 30 de maio de 2010

Presidência da República


Passaram 36 anos sobre o 25 de Abril e muito sinceramente creio que a nossa democracia ainda é muito imberbe, senão vejamos: ontem houve mais uma enorme manifestação, o ano de 2009 foi repleto delas e de ainda mais greves, mas pelo meio ocorreram eleições e o descontentamento das ruas não se reflectiu nas urnas, donde se pode concluir que as pessoas publicamente é que falam, falam, ... e quando acusam os políticos de não fazer nada, acabam por ser elas próprias na hora da verdade e no recanto da cabine de voto a faltar-lhe a coragem, não fazendo aquilo que é verdadeiramente necessário para a mudança.

Agora anda por aí a febre presidencialista ... e eu que julgava que as candidaturas à presidência da república eram iniciativas individuais supra-partidárias por forma que todos os portugueses se revissem na Presidência da República e que esta fosse uma fonte de unidade nacional, mas não!

O que se tem vindo a verficar cada vez mais, é a partidarite como fiel da balança das candidaturas, senão vejamos:

. Cavaco Silva: com o apoio do PSD e CDS no bolso e de forma interesseira dá-se ao luxo de brincar com a lei do casamento gay (ao não enviar para o TC o artigo "mais inconstitucional", o artigo sobre a adopção), não vetando a lei à revelia do sentimento maioritário dos portugueses; mas mais grave que isso é sendo economista tinha obrigação de já à 2 ou 3 anos a esta parte, ter chamado o governo à pedra, face à situação económica que a última conjuntura mundial apenas veio agudizar; em função disso e por nele não se rever, descontentes do centro-direita procuram outro candidato ... mas PSD e CDS vá-se lá saber porquê continuam a apoiá-lo .

. Manuel Alegre: depois de passar 4 anos a bater no governo socialista, anda sôfrego pelo seu apoio, situação que tem deixado o Partido Socialista à beira de uma ataque de nervos, uns porque têm memória e não lhes apetece engulir um sapo com barba  e outros porque entendem que esse apoio tarda.

. Fernando Nobre: rezam as más linguas que foi "empurrado" para a candidatura à presidência por forma a esvaziar a de Manuel Alegre, ao que a sua experiência em cenários de grande necessidade de auxílio humanitário, numa candidatura quiçá premonitória, pode ser uma mais valia neste infeliz Portugal onde cada vez mais a pobreza ganha espaço e esse auxíio humanitário se torna cada vez mais necessário, num cenário de catástrofe que esta governação socialista com a benção social-democrata está a originar.

. O PCP, como habitualmente já disse que iria apresentar a sua própria candidatura.


Resumindo, tudo candidaturas oriundas de jogos partidários, que tem como resultado, no dia seguinte às eleições grande parte do país não se rever no seu presidente, mas

TEM DE HAVER ESPERANÇA, TEM DE HAVER FUTURO!



domingo, 23 de maio de 2010

José Mourinho

Hoje toda a Europa acordou rendida a José Mourinho, se o tivesse de definir em duas palavras diria apenas competência e frontalidade.

Acontece que possuir estas duas caracteristicas, num país como Portugal onde a inveja é o desporto nacional, gera antipatias e ódios de estimação, não sendo por isso de estranhar as suas declarações na véspera deste jogo: "Alguns portugueses querem que ganhe a Liga dos Campeões, outros querem que perca. Se vencer, será para os que estão comigo desde 2004, quando saí de Portugal. Represento os que estão comigo e não a totalidade".

Recordo-me como se fosse hoje, das "voltas" na cadeira com ar enjoado que Manuel Vilarinho dava, quando o Benfica orientado por José Mourinho metia um golo, isto com umas entrevistas "pelo meio" onde dizia: "o Toni é que é o meu treinador!".

A passagem de José Mourinho pelo Benfica, é em muito o espelho do que é Portugal: prioridade ao amiguismo em detrimento da competência; e tal como no país o resultado ficou à vista.

Por onde passou tem feito história, e encerrando com um Triplete (vitória na Liga dos Campeões, Liga Italiana e Taça de Itália) o ciclo italiano, vira-se agora para Espanha, onde se esperam vitórias e outras tantas alegrias, que se veem tornando um hábito para os clubes, adeptos ou simplesmente admiradores do trabalho e percurso deste homem que ficará na história do futebol.

Dum indefectível Mourinhense ... Obrigado!




TEM DE HAVER ESPERANÇA, TEM DE HAVER FUTURO!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Teatro de Fantoches

Pelas próprias palavras do novo líder do PSD, se este não tivesse feito acordo com o governo, Portugal estaria agora na bancarrota, dizendo isto como o corolário da sua afirmação que deu a mão ao país e não ao governo, pretendendo vestir assim um fato de sentido de estado, que a meu ver não lhe assenta nada bem.

Então, é sentido de estado continuar a deixar governar quem nos arrastou para esta situação? Para mim, não é sentido de estado absolutamente nenhum, é sim um sentido de oportunismo político pela falta de oportunidade e inconveniência, uma vez que caso assumisse funções governativas teria de tomar decisões dificeis.

Assim sendo, não fica com esse ónus na esperança que mais adiante, com o "trabalho sujo" feito seja a sua oportunidade. Isto vindo de quem ainda à pouco afirmava "ser preferível uma crise política, do que andarmos sempre em crise!", não deixa de ser uma surpresa.

Pedro Passos Coelho, em face da actual situação, se quisesse ter sentido de estado, viabilizaria o que muito bem entendesse, mas pediria "a cabeça" de José Sócrates, convidando o PS para dar apoio a um governo de salvação nacional, por iniciativa do Presidente da República, isso era o que a meu ver faria sentido e sentido de estado.

Não foi esse o caminho, e neste bloco central de interesses, a triste miséria franciscana continuará, onde ainda agora o episódio do corte no vencimento políticos é revelador do virtuosismo destes dois cavalheiros: Passos Coelho propõe um corte de 2,9%, José Sócrates sobe a parada para 5%, feito o acordo, José Sócrates diz que por ele não tinha feito esse corte ... haja paciência.




Neste teatro de fantoches, não nos bastava termos um aldrabão, agora temos dois, mas

TEM DE HAVER ESPERANÇA, TEM DE HAVER FUTURO!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Contas de Merceeiro

Façamos uma contas de merceeiro:

Com as medidas de combate ao défice anunciadas, o governo pretende cortar no imediato 2.100 M€; ora se já disse que vai privatizar o BPN onde injectou 4.200 M€ e se bem me recordo foi afirmado pelo próprio Ministro das Finanças aquando da sua nacionalização, que tal nacionalização não traria custos para os contribuintes uma vez que depois de "equilibrado" o Banco seria novamente privatizado e aí se faria o respectivo encaixe e encontro de contas.

Ora se o dinheiro injectado é o dobro daquele que é agora necessário,  pergunto:

Será que esse encaixe não chega para cobrir esse "buraco"?
Será que o encaixe é o previsto, mas temos um "buraco" muito maior?
Ou será que o dinheiro injectado pura e simplesmente desapareceu?



Uma é certa estamos a ser muito, mas muito mal governados, mas

MAS TEM DE HAVER ESPERANÇA, TEM DE HAVER FUTURO!


segunda-feira, 10 de maio de 2010

E o Burro sou eu?

Não faço ideia do que terá mudado nesta última semana, para o Primeiro-Ministro adiar algumas obras públicas e agora o Ministro das Finanças fazer um pré-anúncio de aumento de impostos.

Mas, no estado em que está a economia aumentar impostos? Isto é de loucos! Será assim tão difícil de perceber, que aumentar impostos diminui o rendimento das familias e empresas, logo diminui o consumo implicando isso menos receitas de impostos, com a agravante de paralisar ainda mais a economia ... e o burro sou eu?




Graças a Deus aos 45 anos já vivi, viajei e gozei o dobro do que muitos infelizmente na totalidade das suas vidas terão oportunidade, mas é com muita tristeza que olho para o futuro dos meus filhos e de muitos outros, que inocentes irão herdar um País completamente comprometido em resultado destas governações de esquerda disfarçadas de centrão onde o que apenas interessa é o interesse dos seus interesses. Mas,

TEM DE HAVER ESPERANÇA, TEM DE HAVER FUTURO!

sábado, 8 de maio de 2010

E são estes os altos dignatários da Nação ? ( II )

Estes último ano tem sido fértil em lamentáveis episódios ocorridos na Assembleia da República, aquela que é apelidada de casa da democracia, atendendo aos sucessivos improvisos durante as encenações dos srs. deputados para um povo moribundo, bem que podia ter o cognome da capital das amplas liberdades, senão vejamos:

- Um sr. ministro fez uns cornichos para um sr. deputado, mas vá lá demitiu-se de imediato ... se fosse hoje teria as minhas dúvidas que se demitisse;

- Uma sra. deputada chama Palhaço a outro sr. deputado, que na resposta subtilmente lhe chamou moça de Alterne. Consequências??? Nada porque estava já tudo a pensar nas compras de Natal e é tempo de paz e amor;

- Um sr. deputado, daqueles que pelos modos do próprio tem uma superioridade moral muito acima dos outros (desde que não lhe olhemos para debaixo do tapete) e como ia dizendo esse sr. deputado teve a distinta ousadia de dirigido-se-lhe dizer que o primeiro-ministro está mais manso.
Quando se chega a este ponto vale tudo, nem de perto nem de longe gosto da governação do homem, não contribui em circunstância alguma para o colocar lá, contra ele fiz campanha, mas deixa-me chocado que o primeiro-ministro do meu país seja assim enxovalhado sem consequências.
Mas este caso ainda teve a particularidade de com o beneplácito da comunicação social, transformar o agressor em vitíma ... "Porreiro Pá!", deve ter desabafado esse sr. deputado;

- E como episódio mais recente, temos um sr. deputado de passado muito duvidoso, mas arauto de grandes indignações, a roubar, gamar, subtrair, surripiar, furtar, desviar ou chamem-lhe o que quiserem, que ele mais habituado a tomar posse num cargo aqui ou num lugar ali, chamou-lhe isso, apenas tomou posse.
Neste caso recordei de imediato aquele verso de António Aleixo e que os Trovante cantaram: "A rica teve um menino, a pobre pariu um moço!" ... por mais que adjectivem o acto de forma suave, no fundo é igual, o resto é conversa fiada.
Consequências??? Apoiado com unhas e dentes, vá-se lá saber porquê!



Qualquer dos exemplos acima citado puderam ser visualizados pelas TV's, não foi contado, o que poderia deixar algumas dúvidas e sendo certo que estamos na presença dos mais altos dignatários da nação e os exemplos não vêm de cima, não será de esperar grandes melhorias no comportamento cívico da população.

Agora fico na expectativa de qual será o próximo episódio, porque não se vislumbram melhorias e outros casos não tardarão, mas:

TEM DE HAVER ESPERANÇA, TEM DE HAVER FUTURO!