quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cidades Imaginárias


Na minha modesta opinião, Cidades Imaginárias são cidades com pessoas, são cidades em que os seus responsáveis devem promover a qualidade de vida dos seus habitantes, por forma a que esses habitantes possam ser pessoas e pessoas essas que possam ter orgulho na sua cidade.

Como já devem estar a calcular, vem isto a propósito da inauguração da escultura "Cidade Imaginária" no dia da cidade de Abrantes, obra que até gosto, apesar de entender como infeliz a sua localização; a meu ver estragou-se a requalificação ali efectuada, mas como disse o seu autor
: "..agradar a todos é muito complicado."

E quando para ela olho, ocorre-me logo de quantos munícipes terão levado negas para colocar pequenos telheiros ou anexos junto das suas habitações e certamente entristecidos vêm num sítio bonito como aquele ser "plantada" uma enormidade daquelas.....mas até nem é isso que me leva a escrever estas linhas.

O que mais me choca, é serem gastos € 300.000 do erário público, quando ali bem perto, e se não me engano, que não sou técnico, está um grave problema de saúde pública:
a cobertura da escola EB2,3 D. Miguel D'Almeida, que me parece ser de fibrocimento contendo amianto.

Se assim for, que raio de responsáveis têm estado à frente nestes anos todos dos destinos desta cidade e que deixam arrastar uma situação destas?

Pst, pst, estão ali crianças inocentes e possivelmente os Pais também não estarão alertados para o problema. Lembro que desde 2003 que existe uma recomendação da UE para não ser usado amianto, tendo sido inclusivé proibido o seu uso em 2005.

E para aqueles que me possam estar a acusar de alarmismo, sugiro que se informem melhor a esse respeito e até podem começar por aqui: http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=661879

Que orgulho podem ter as pessoas na sua cidade, quando é levianamente arrastado o problema que atrás mencionei. A meu ver
este paradigma de prioridades não faz qualquer sentido e tem de terminar, mas para isso as pessoas têm de querer e para querer, têm de repensar as suas vontades. Entretanto, vou continuando a acreditar que:

TEM DE HAVER ESPERANÇA, TEM DE HAVER FUTURO

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